O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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OS TEMPOS DA IDEOLOGIA MILITARISTA

A ecologia, a economia “verde”, a sustentabilidade e as preocupações com o clima dominam grande parte do dia-a-dia informativo, alimentam enfaticamente os discursos oficiais. Parece que o ser humano identificou finalmente os problemas que afectam o planeta e está disposto a enfrentá-los, a mudar de hábitos e atitudes. Nada mais falso quando do lote de preocupações ambientais e sociais se retira deliberadamente a actividade mais predadora da Terra: a guerra.

A EUROPA ESTÁ SUBMETIDA A UMA CULTURA DE GUERRA

A NATO e a União Europeia são duas criaturas do Plano Marshall. Estão intrinsecamente ligadas, formando as duas faces de uma mesma moeda: o lado militar e o lado civil. A NATO, contudo, está num plano superior ao da União Europeia porque, segundo os tratados, deve garantir a sua segurança. Por isso os jogos de guerra e as campanhas de propaganda sobre as supostas “ameaças” externas tornaram-se o quotidiano dos cidadãos europeus, com ou sem crises pandémicas. As sociedades europeias vivem sob uma cultura de guerra, sugerindo a todo o momento uma necessidade de “protecção” permanente dos Estados Unidos.

NÃO HÁ COVID QUE TRAVE OS JOGOS DE GUERRA DA NATO

A NATO está a desconfinar os jogos de guerra na Europa que, em boa verdade, nunca chegou a confinar. Manobras militares vão decorrer durante duas semanas na Polónia – uma imensa base militar norte-americana – no âmbito dos envolventes e abrangentes exercícios Defender-Europe 20. Milhares de soldados dos Estados Unidos, o país mais atingido pela epidemia, desembarcam na Europa, continente onde se viveu uma carnificina, para queimar milhões de dólares e euros que seriam essenciais para os sistemas de saúde pública e uma genuína recuperação da economia.

NATO TREINA GUERRA NUCLEAR NA EUROPA

Bombardeiros “furtivos” B-2 norte-americanos com capacidades nucleares colocados na base portuguesa das Lajes têm vindo a fazer voos de preparação no Atlântico Norte escoltados por moderníssimos caças F-35 de outros países da NATO, designadamente noruegueses. As operações decorrem no âmbito dos jogos de guerra Defender Europe 20 que os Estados Unidos decidiram manter na Europa apesar de o continente estar mergulhado na tragédia do novo coronavírus. Sendo o comandante supremo aliado na Europa, general Tod Wolters, um defensor do uso de armas nucleares num primeiro ataque – como explicou no Senado de Washington - estes movimentos são suficientes para obrigar os generais russos a colocar também o dedo no gatilho nuclear. O que se trama na Europa enquanto os povos europeus sofrem?

BOMBARDEIROS NUCLEARES DOS EUA COLOCADOS NAS LAJES

Em plena pandemia de coronavírus, os Estados Unidos colocaram um número indeterminado dos mais modernos bombardeiros estratégicos “invisíveis” para ataques nucleares, os B-2 Spirit, na Base das Lajes, nos Açores. Os meios de agressão irão realizar “voos de treino” e de “integração no teatro de operações” europeu e estão em solo português desde 9 de Março, informa o Comando Europeu dos Estados Unidos (EUCOM). Quer isto dizer que o Pentágono reforçou a guerra aérea na Europa com os meios mais sofisticados enquanto anunciava uma redução indeterminada do número de soldados envolvidos nos jogos de guerra Defender Europe 20.

NATO NÃO CANCELA JOGOS DE GUERRA

Os jogos de guerra da NATO na Europa não serão cancelados, informa oficialmente a aliança, apesar da pandemia de coronavírus e das medidas drásticas assumidas pela maioria dos países europeus para tentar proteger os seus cidadãos da “maior crise sanitária do nosso tempo”, segundo a OMS. As gigantescas manobras Defender Europe 20 serão “alteradas” e “alguns exercícios reduzidos”, mas “a capacidade das Forças da NATO para se adaptarem rapidamente a esta situação demonstra poder, flexibilidade e resiliência”, explica o general Todd Voulters, o chefe do Comando Europeu dos Estados Unidos (EUCOM). “Isto torna-nos uma força melhor”, garante.

NATO MANTÉM OS MAIORES JOGOS DE GUERRA EM 25 ANOS

Os exercícios militares da NATO designados Defender Europe 20, definidos como “os maiores movimentos de tropas na Europa nos últimos 25 anos”, continuam a desenvolver-se como o previsto, apesar das medidas tomadas pelos governos europeus para combater a pandemia de coronavírus (COVID-19).

ABAIXO A PANDEMIA, VIVA A GUERRA!

A Europa está fechada. Enquanto isso, 30 mil soldados norte-americanos invadem o continente até Julho nas maiores manobras militares em 25 anos. O que acontece na altura em que o presidente dos Estados Unidos decide banir as entradas dos europeus no seu país. Em pleno combate à pandemia de coronavírus, prioridade à guerra.

O MITO ATERRADOR DA GUERRA NUCLEAR LIMITADA

Existem muitos apoiantes influentes da guerra nuclear e alguns deles afirmam que o uso de armas de “baixo rendimento” e/ou de curto alcance pode ser assumido sem o risco de uma escalada para o Armagedão total. De certa forma, o seu argumento é comparável ao do grupo de optimistas de olhos em alvo que pensavam, aparentemente a sério, que poderia haver qualquer coisa como “rebeldes moderados”.

NATO VAI SUBSTITUIR NORTE-AMERICANOS NO IRAQUE

A NATO está em pé de guerra, a sua verdadeira natureza. Por ordem de Trump, que já criou sigla para o efeito – NATOME – a aliança está a preparar a substituição dos soldados norte-americanos a expulsar do Iraque por militares de países membros, que ficarão sujeitos ao caos regional criado pelas práticas norte-americanas. Enquanto isso, e porque não pode haver distracções com a “ameaça russa”, o Estado-Maior atlantista prepara para a Primavera os maiores jogos de guerra na Europa dos últimos 25 anos.

RÚSSIA E CHINA RESPONDEM AO CERCO

Dois acontecimentos de grande envergadura testemunham o entendimento cada vez mais forte entre a China Popular e a Federação Russa nos domínios económico e militar: o Fórum de Vladivostok e as manobras militares Vostok 2018. Reforça-se o núcleo principal da oposição à globalização anglo-saxónica, dilui-se a unipolaridade.

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